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Paroquianos escolherão nova imagem que será entronizada na matriz

21 JUL 2015
21 de Julho de 2015

Uma nova imagem será entronizada na igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Pouso Alegre (MG). Um nicho vai ser construído do lado esquerdo da porta central, onde está localizado o balcão do dízimo, para receber a imagem que os fiéis irão escolher.

A proposta do pároco, padre Adriano São João, é colocar a imagem de uma mulher declarada santa ou beata. Quatro opções foram apresentadas para que os paroquianos possam escolher, por meio de votação, a imagem que ocupará o espaço. 

São elas, as religiosas Santa Madre Paulina, Beata Madre Teresa de Calcutá, Beata Irmã Dulce e a leiga Beata Nhá Chica.

Os paroquianos podem votar na imagem que deve ser colocada na igreja indo até a secretaria paroquial ou através do telefone (35) 3422-5000.

No mês de abril, durante a abertura da Trezena em honra a Nossa Senhora de Fátima, uma imagem de São Vicente de Paulo foi entronizada na matriz. Na época, um nicho foi especialmente construído do lado direito da entrada principal da igreja para receber o padroeiro das obras de caridade.


Conheça as candidatas

Madre Paulina

Amábile Lúcia Visintainer nasceu em 1865, no norte da Itália, em uma família de poucas posses que em 1875 emigrou para o Brasil, estabelecendo-se em Nova Trento (SC). Ela cresce marcada pelo trabalho na roça e pela piedade recebida de seus pais.

Desde muito cedo mostra-se atuante nos serviços religiosos e sociais da sua paróquia. Dos 15 aos 25 anos, juntamente com Virgínia Nicolodi, dedica-se à catequese de crianças, assistência aos enfermos e o cuidado da Capela São Jorge.

Em 1890, Amábile, juntamente com Virgínia, sai da casa paterna, para cuidar de Ângela Lúcia Viviani, com câncer em fase terminal, transferindo-se para o casebre denominado Hospitalzinho São Vigílio, em Vígolo, Nova Trento. Com este gesto de solidariedade, ela dá início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. 

No ano de 1895, Amábile emite os votos e torna-se Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Em 1903, a religiosa deixa Nova Trento e, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, ocupa-se de crianças órfãs e de ex-escravos abandonados.

Ainda em São Paulo, a Fundadora passou por uma prova terrível. Em agosto de 1909, pessoas estranhas, apoiadas por algumas religiosas e pela maior autoridade eclesiástica local, intrometeram-se nos assuntos internos da Congregação e conseguiram que, por decisão de um manipulado Capítulo Geral, Madre Paulina fosse deposta do cargo de Superiora Geral e substituída por uma nova superiora.  Além de tudo isso, ela ainda foi desterrada para Bragança Paulista (SP).

Aceitou tudo, obedeceu sem reclamar ou murmurar, tomou sua cruz e caminhou para onde pode testemunhar a heroicidade de suas virtudes de humildade e amor ao Reino de Deus. De 1909 a 1918 viveu "exilada" em Bragança, na Santa Casa da Misericórdia que ela havia fundado. Em julho de 1910 Madre Paulina foi transferida para o novo asilo São Vicente de Paulo, de Bragança Paulista. Como simples súdita, lavou e consertou a roupa dos asilados, servindo-os carinhosamente em tudo, até quem em 1918, foi trazida de volta para Casa Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento de suas virtudes.

Mas a "via sacra" de Madre Paulina continuou com o agravamento de sua saúde: uma diabetes de há muito tempo vinha tirando-lhe a vida. Com o agravamento dessa doença, em 1938, ela perdeu um dedo da mão direita. Pouco dias depois, seu braço teve que ser inteiramente amputado. Passou os últimos meses de sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942.

Em 18 de outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II. Foi por fim canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa, recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascida no Brasil.

Madre Teresa

Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu no dia 27 de agosto de 1910 em Skopje, na Albânia. Sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Pouco se sabe sobre sua infância, adolescência e juventude, porque ela não gostava de falar de si mesma.

Aos 18 anos, sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na vida religiosa. Em 1928, ingressa na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.

O seu sonho, no entanto, era o trabalho missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa.

Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças.

No dia 10 de setembro de 1946, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres.

Após um tempo de discernimento, ela saiu de sua antiga congregação para dar início ao trabalho missionário nas ruas de Calcutá. O início foi muito desafiador e exigente, mas Deus foi abençoando sua obra e as vocações começaram a surgir entre suas antigas alunas. Em 1950, a congregação fundada por ela (Missionárias da Caridade) foi aprovada pela Santa Sé.

No ano de 1979 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e assembleias de todo o mundo.

Com saúde debilitada e após uma vida inteira de amor e doação aos excluídos e abandonados Madre Teresa foi encontrar-se com o Senhor de sua vida e missão no dia 5 de setembro de 1997. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003.

Irmã Dulce

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em 26 de maio de 1914 em Salvador (BA). Aos sete anos perde sua mãe Dulce, que tinha apenas 26 anos. Aos 13 anos, o destemor e o senso de justiça, traços marcantes revelados quando ainda era muito novinha, faziam com que ela acolhesse mendigos e doentes, transformando a casa da família num centro de atendimento.

É nessa época, em que sua casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam à porta, que ela manifesta pela primeira vez o desejo de se dedicar à vida religiosa, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres.

Em 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrava para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Pouco mais de um ano depois se tornou freira, aos 20 anos de idade, recebendo o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe.

A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado para o trabalho com os pobres. Já em 1935, dava assistência a uma comunidade pobre. Nessa mesma época, começa a atender também operários, criando um posto médico e fundando, em 1936, a União Operária São Francisco. No ano seguinte, funda, juntamente com Frei Hildebrando Kruthaup, o Círculo Operário da Bahia. Em maio de 1939, Irmã Dulce inaugura o Colégio Santo Antônio, escola pública voltada para operários e filhos de operários.

Nesse mesmo ano, Irmã Dulce invade cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia nas ruas. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares. Por fim, em 1949, Irmã Dulce ocupa um galinheiro ao lado do convento, após autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. Já em 1959, é instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e no ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio.

Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.

Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil. João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. Cinco meses depois da visita do Papa, os baianos chorariam a morte do “Anjo Bom”.

O processo de beatificação teve início em 2000, passando por várias etapas. Em 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi proclamada Beata.

Nhá Chica

Filha e neta de escravos, Francisca de Paula de Jesus nasceu em 1810, no povoado de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, distrito de São João del-Rei (MG). 

Pouco tempo depois sua família mudou-se para a cidade de Baependi, no sul do estado, onde ela viveu até 14 de junho de 1895, data de seu falecimento. Francisca foi sepultada dia 18 de junho no interior da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, mandada construir por ela.

Francisca ficou órfã aos dez anos. Mulher humilde, era fervorosa devota de Nossa Senhora da Conceição, e, a pedido da mãe, passou a vida inteira a dedicar-se à prática da caridade.

Leiga, foi chamada ainda em vida de "a mãe dos pobres", sendo respeitada por todos os que a procuravam, dos mais humildes aos homens do Império. Durante 30 anos, reuniu doações para construir a capela de Nossa Senhora da Conceição, onde hoje funciona o Santuário da Conceição, na cidade de Baependi.

Nhá Chica, já em vida, passou a ser aclamada pelo povo como a Santa de Baependi, por sua fé. A causa de Beatificação de Nhá Chica aguardava desde 2007 o anúncio de sua beatificação, quando uma graça foi atribuída a ela.

Ana Lúcia Meirelles Leite, uma professora moradora de Caxambu (MG), teria sido curada de um problema congênito no coração, caso considerado muito grave pelos médicos. A cura teria se dado sem a necessidade de intervenção cirúrgica, tendo então sido atribuída às orações pela intercessão de Nhá Chica.

No dia 4 de maio de 2013 aconteceu em Baependi, a cerimônia de beatificação, tornando-se a primeira leiga e negra brasileira a ser declarada beata pela Igreja.


* Imagens: Reprodução/Internet


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