Quando um padre chega a uma paróquia, ele sabe que vai como um ministro e como um servidor. Ele serve o povo por algum tempo. Depois, troca. Troca também o bispo. Mas o povo fica aí, com sua organização e seu jeito de ser. Também os diáconos permanentes permanecem na paróquia. Imaginemos que são vossas todas as pastorais. São de vocês as pastorais paroquiais e as pastorais administrativas. São vossos os catequistas, que são tantos! Quanta bela missão. São vossos os animadores vocacionais, os animadores dos cantos e da liturgia. São de vocês, também, a quantia tão grande de pessoas que se sentem animados a irem e viverem os dias de organização das comunidades e paróquias. Quantas pessoas são? Às vezes, são até quinhentas pessoas.

Temos também os diversos tipos de ministérios da comunidade: os missionários, a pastoral da criança, os agentes da pastoral social, que sempre olham para a caridade como algo de nossa vida. Somos uma imensa maioria de jovens católicos. O cuidado por tudo o que temos nas paróquias é algo imenso. Temos uma formação continuada, sempre. Somos uma Igreja viva, muito viva.

Sermos sempre da Igreja! Quem poderá superar a fé que temos?  Em primeiro lugar, viver a fé na sua autenticidade na comunidade cristã. Hoje, vemos muitas propostas de vida cristã ou não, que se encaminham a nós. Busquemos o que é nosso, nossa vida de fé. Um caminho que é nosso, a formação nos ambientes da paróquia. Procure sua paróquia e viva tudo o que temos aqui apresentado.

O que temos hoje vivido com vocês, neste tempo difícil de pandemia? “Evangelizar no Brasil cada vez mais urbano, pelo anúncio da Palavra de Deus, formando discípulos e discípulas de Jesus Cristo, em comunidades eclesiais missionárias, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, cuidando da casa comum e testemunhando o Reino de Deus rumo à plenitude”. Este é o nosso objetivo geral. Podemos ver os pilares, como uma casa evangelizadora.

O primeiro pilar é o anúncio da Palavra. A fé nasce e se alimenta da Palavra anunciada. A missão da Igreja é ir e anunciar a Palavra. A tarefa dos apóstolos é “fazer discípulos”. O segundo pilar é a celebração da liturgia e a espiritualidade. Estas nascem do viver a Palavra, na comunidade de fé. Será sempre um encontro pessoal e, ao mesmo tempo, comunitário. Pessoal e comunitário. O terceiro pilar da casa é a caridade. “A própria beleza do Evangelho nem sempre a conseguimos manifestar adequadamente, mas há um sinal que nunca deve faltar: a opção pelos últimos, por aqueles que a sociedade descarta e lança fora” (EG 195). Viver sempre a caridade, pois nela seremos um dia julgados. E o quarto pilar evangelizador é a missionariedade. De fato, não cabem mais comunidades voltadas para dentro de si mesmas, mas para fora, para o mundo, para as realidades em que vivem. E o anúncio do cristão é Jesus Cristo, sua vida e sua missão.

Parabéns a vocês, estimados leigos, leigas e catequistas. Vocês são a Igreja de Jesus Cristo.

(Artigo publicado no site da CNBB)

(Imagem: Reprodução/Internet)